quarta-feira, 21 de abril de 2010

Castro Alves

Resumo:

Porta-voz das ânsias coletivas tem na poesia abolicionista sua melhor realização na linha social ("Navio Negreiro" e "Vozes d'África). Em suas obras, atribui ao poeta a missão de denunciar as injustiças sociais e de clamar pela liberdade ("Adeus, meu canto").


Esse tipo de poesia se realiza num estilo vibrante, em que predominam as comparações, metáforas, antíteses, hipérboles, apóstrofes, empregadas quase sempre em função de elementos grandiosos da natureza, que sugerem imensidão, força, majestade, como: montanhas, cordilheiras, oceanos, tempestades, furacões, astros, cachoeiras, configurando assim o estilo chamado Condoreirismo.

Sua poesia amorosa é bem mais sensual do que se fazia na época. Nela, a mulher, diante das vagas idealizações ultra-românticas, aparece em toda sua beleza física e envolvida por um clima de erotismo e paixão.

Principais Obras:

• "Espumas Flutuantes" (1870)

• "A Cachoeira de Paulo Afonso" (1876)

• "Os escravos" (1883)

• Além das poesias escreveu para o teatro “Gonzaga ou a Revolução de Minas” (1876)

Poema:

"Eras um sono dantesco... O tombadilho,

Que das luzernas avermelha o brilho,

Em sangue a se banhar,

Tinir de ferros... Estalar do açoite...

Legiões de homens negros como a noite

Horrendos a dançar"

                                                                           Os Escravos

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